Ao ler um artigo de Lidia Aratangy, psicóloga, na última "Sábado", concordei plenamente com ele.
Segundo esta psicóloga, a paixão funciona como um vaivém, isto é, no início é um sentimento muito forte, mas gradualmente, vai esmorecendo.
Para esta psicóloga, temos é de recriar a paixão, temos de vê-la em várias facetas: na ternura, na amizade, na parceria...
Assim, essas várias facetas vão-se alternando ao longo da vida. Temos é de acreditar e tentar recriar momentos de paixão. Não é necessário que se viva uma vida inteira de paixão, algo quase impossível, mas podemos recriá-la de quando em quando no nosso percurso, enquanto casal.
Pior para uma vida a dois, parece ser a indiferença, já que para esta psicóloga o amor e o ódio são sentimentos muito próximos. Agora, quando um dos elementos do casal estabelece uma relação de indiferença com o parceiro, está a criar um fosso que dificilmente será transposto, adivinhando-se mesmo a separação.
Assim, há que ter esperança na felicidade, mas não desejar ter uma vida totalmente feliz, pois tal é impossível. Temos é de aproveitar os momentos de felicidade e valorizá-los mais que os sentimentos contrários e procurar ser tolerante e bem-humorado, pois estas duas capacidades parecem conseguir fazer-nos ultrapassar aqueles momentos mais difíceis.
No meio de tantas opiniões contra a efemeridade da paixão, temos aqui uma opinião contrária... uma pérola num mar de sargaços?!
De Anónimo a 28 de Maio de 2007 às 11:16
A paixão é um acontecimento que acontece na vida da gente independentemente de querermos ou não.
"As paixões são como ventanias que enfurnam as velas do navio;fazendo-os navegar, outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas". VOLTAIRE
De
oamante a 28 de Maio de 2007 às 15:02
Pois é, a paixão é algo espontâneo e incontrolável, mas podemos recriar um sentimento muito parecido, entre a amizade, o amor e a paixão.
Se uma ventania chega sem aviso e desaparece de igual forma, então podemos sempre esperar que ela volte... um dia!
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